Livro: A Teia dos Sonhos
Autora: Karine Aragão
Editora: Muiraquitã
Páginas: 160
Completando cinco anos a amizade de Júlia e Laura, elas resolvem fazer uma tatuagem para eternizar a amizade. Depois de muito escolher, Júlia desenha A Teia dos Sonhos, desenho que o tatuador eternizou nas amigas inseparáveis.
Entretanto, no dia seguinte ao que eternizaram a amizade, Júlia recebe a notícia. Laura morreu. Laura se matou. Laura se jogou do décimo terceiro andar para dar fim à própria vida.
Júlia não consegue entender. Não consegue acreditar. Laura era feliz, muito feliz, porque escolher dar um fim a própria vida? O que estava acontecendo com Laura que ela não contou à Júlia? Elas não tinham segredos, mas depois que a amiga morreu, Júlia percebe que tinham sim e que talvez não conhecesse a amiga tão bem, afinal, ela estava sofrendo com algo enquanto Júlia imaginava que ela estava superfeliz.
Com as pessoas a olhando com pena, sem amigos, com sua mãe agindo como mãe novamente enquanto a mãe de Laura se afunda em uma depressão profunda, Bernardo se aproxima de Júlia, mostrando interesse nela, deixando-a mais confusa. Fora isso, a pedido da mãe de Laura, Júlia começa a investigar o porquê de sua amiga ter colocado fim a própria vida.
Eu esperava mesmo que esse livro fosse ser bom, mas quando vi a quantidade de páginas imaginei que não fosse o suficiente para trazer uma história com um tema tão forte. Com as minhas últimas leituras, preciso dizer que preciso parar de achar algo do livro antes de lê-lo, porque estou me surpreendendo cada vez mais. Não foi nem no primeiro capítulo, foi nas primeiras páginas mesmo, A Teia dos Sonhos já conseguiu me levar para a história não me deixando parar de ler por um segundo até certa página.
Eu acreditava que leria o livro em um dia só, afinal não é muito grande, mas eu cheguei em certa parte – o suicídio de Laura –, que não consegui mais ler, tive que parar. Eu estava realmente chorando e não tinha como não amar e sofrer por aquela personagem que eu tão pouco conhecia. Só voltei a ler no dia seguinte porque aquela parte da história me afetou tanto que não consegui continuar e isso é bom. Significa que a história foi capaz de me causar sensações e sentimentos.
Algo que já falei e achei realmente surpreendente foi a autora conseguir me fazer sentir tantos sentimentos por Laura, ter tanto amor por uma personagem que na maior parte do livro, já está morta. Isso entra na questão de que todos os personagens são muito bem desenvolvidos, porque as emoções deles são bem reais, por exemplo, no momento em que Júlia esfrega a tatuagem com a escova de dente porque está triste e com raiva de Laura, é impossível não se emocionar com a personagem. Os personagens, principalmente a Júlia, se desenvolve muito. Eles crescem muito durante a história e não só dando o exemplo da Júlia, como o da mãe dela também que começa a seguir em frente e volta a agir como uma mãe que realmente ama a filha.
Um ponto muito crucial e importante da escrita de Karine e que é muito essencial na história é que ela realmente trouxe uma linguagem muito atualizada, muito jovem para a história. Mesmo contando uma história adolescente, muitos escritores tem o preconceito de se aderir a linguagem dos jovens e Karine, pelo contrário, trás um livro muito jovem, fácil de compreender e que passa uma mensagem muito importante.
A Teia dos Sonhos me lembra um pouco o livro Eu Estive Aqui da Gayle Forman ao mesmo tempo em que se distingue muito.Os dois livros tratam sobre o suicídio entre uma jovem, e ambos são narrados pela amiga da garota que se suicidou. A diferença é que a desenvoltura e o desenvolvimento são diferentes. Ambos são bons, mas o melhor é que se um leitor gostou de Eu Estive Aqui, provavelmente vai gostar de A Teia dos Sonhos, mas se não gostou, pode gostar de A Teia dos Sonhos mesmo assim, porque mesmo sendo parecidos, as diferenças entre eles são grandes e fazem muita diferença.
Pais, leiam esse livro. Seu filho pode parecer estar feliz, mas talvez não esteja. Como educar um filho? Conversar sobre suicídio é um tabu para você? Acredita que falar sobre isso irá fazer com que seu filho se mate? Desconstrua seus próprios tabus, esteja aberto ao novo, procure saber mais sobre seu filho. Procure você ajuda ao seu filho e a você mesmo. Pode não ser sua culpa, mas você pode ser o responsável por tirá-lo dessa dor infinita que precisa ter um fim. Com duas mães vivendo em lados diferentes, uma que viu a filha se suicidar e a outra que tem medo que a filha faça a mesma coisa, A Teia dos Sonhos vai te levando a entender mais sobre essa aparente felicidade dos adolescente que vivem sobre uma pressão enorme que muitas vezes – na maioria – são colocadas pelos próprios pais.
Júlia e Laura são duas adolescentes, de 16 anos, que, para eternizar a forte amizade que as une, decidem tatuar uma Teia dos Sonhos em seus braços. A euforia pela tatuagem única, desenhada por Júlia, esvai-se no dia seguinte, quando ela recebe a notícia de que Laura suicidara-se na noite anterior, atirando-se da janela do 13º andar. Júlia vê seus dias tomados pelo caos, em um misto de saudade e de raiva, sem saber os motivos que levaram Laura a tirar a própria vida. Júlia, então, embarca em uma busca que a leva a perceber os fantasmas que invadiram a cabeça de Laura e a refletir sobre sua própria vida. No meio de todo esse turbilhão, a presença de Bernardo representa a dúvida se o amor pode mesmo ser mais forte do que uma grande mentira.Mesmo com personalidades diferentes, Júlia e Laura eram muito parecidas, principalmente em se apaixonarem por meninos. As duas se apaixonam pelo mesmo menino, Bernardo, e já que ele não dá atenção para nenhuma delas, elas decidem que não investiram em um possível romance com o garoto bonito que faz os corações delas palpitarem. Porém, um dia, Bernardo aparentemente mostra interesse em Laura e Júlia incentiva a amiga a se aproximar do rapaz, mesmo que isso a machuque, afinal, a amizade vem em primeiro lugar.
Completando cinco anos a amizade de Júlia e Laura, elas resolvem fazer uma tatuagem para eternizar a amizade. Depois de muito escolher, Júlia desenha A Teia dos Sonhos, desenho que o tatuador eternizou nas amigas inseparáveis.
Entretanto, no dia seguinte ao que eternizaram a amizade, Júlia recebe a notícia. Laura morreu. Laura se matou. Laura se jogou do décimo terceiro andar para dar fim à própria vida.
Júlia não consegue entender. Não consegue acreditar. Laura era feliz, muito feliz, porque escolher dar um fim a própria vida? O que estava acontecendo com Laura que ela não contou à Júlia? Elas não tinham segredos, mas depois que a amiga morreu, Júlia percebe que tinham sim e que talvez não conhecesse a amiga tão bem, afinal, ela estava sofrendo com algo enquanto Júlia imaginava que ela estava superfeliz.
Com as pessoas a olhando com pena, sem amigos, com sua mãe agindo como mãe novamente enquanto a mãe de Laura se afunda em uma depressão profunda, Bernardo se aproxima de Júlia, mostrando interesse nela, deixando-a mais confusa. Fora isso, a pedido da mãe de Laura, Júlia começa a investigar o porquê de sua amiga ter colocado fim a própria vida.
Eu esperava mesmo que esse livro fosse ser bom, mas quando vi a quantidade de páginas imaginei que não fosse o suficiente para trazer uma história com um tema tão forte. Com as minhas últimas leituras, preciso dizer que preciso parar de achar algo do livro antes de lê-lo, porque estou me surpreendendo cada vez mais. Não foi nem no primeiro capítulo, foi nas primeiras páginas mesmo, A Teia dos Sonhos já conseguiu me levar para a história não me deixando parar de ler por um segundo até certa página.
Eu acreditava que leria o livro em um dia só, afinal não é muito grande, mas eu cheguei em certa parte – o suicídio de Laura –, que não consegui mais ler, tive que parar. Eu estava realmente chorando e não tinha como não amar e sofrer por aquela personagem que eu tão pouco conhecia. Só voltei a ler no dia seguinte porque aquela parte da história me afetou tanto que não consegui continuar e isso é bom. Significa que a história foi capaz de me causar sensações e sentimentos.
"Nem todos os talentosos alcançam o sucesso. Nem sempre acreditar é suficiente. Nenhuma solução. Nenhuma vontade de continuar. Nenhum motivo é tão importante a ponto de valer a pena ser forte e resistente."Sempre começo falando do personagem que narra a história, mas nesta resenha, preciso começar a falar de Laura. Essa menina, que me fez chorar sem nem ao menos poder conhecê-la melhor, é aquela personagem que não se precisa de muitas cenas para amá-la. Laura é a personagem que se suicida, mas eu juro para vocês que não pensei que fosse me apegar tanto a ela. Ela tinha problemas e sentia uma dor que ninguém foi capaz de ver, mas mesmo assim, ela vivia intensamente, sorrindo e aparentemente sendo muito feliz. Era óbvio que ela estava morta, mas no fundo do meu coração, eu queria que a história fosse aquelas que no fim o personagem tinha forjado a própria morte. Ela mentiu para a amiga, e muita coisa pode ter acontecido para ela querer se matar, mas em nenhum momento eu fiquei com raiva dela. Laura sem dúvida foi a personagem que ganhou meu coração.
"Laura escolheu a morte, esse foi o modo que ela encontrou pra acabar com a dor de viver. Porque viver dói, e muito."Júlia também ganhou meu coração e ela como protagonista, teve cenas que cortaram o meu coração. Aparentemente, o único problema de Júlia será a morte da melhor amiga, mas logo no início vemos que a família dela se desfez. O pai que traiu a mãe e formou outra família, foi embora, a mãe dela não é mais mãe, nunca está em casa, não se preocupa com nada além de usar roupas curtas e decotadas e sair com as amigas. Júlia cuida da casa, cuida de si mesma e só tinha a Laura como alicerce, mas Laura também se foi e Júlia nem sabe o porquê. Os sentimentos de Júlia são bem expostos e é muito fácil compreendê-la, até em seu pior momento e isso é muito bom porque a Laura já é um mistério, então para contrabalancear temos Júlia, nossa protagonista que está no pior momento de sua vida, mas acredita que ainda há motivos para viver, ao contrário de sua amiga que a deixou.
"A morte era definitiva, e a saudade um sentimento estranho de impotência. Você pode gritar, chorar, brigar com o mundo, mas nada do que você faça pode trazer à vida."A Teia dos Sonhos não é uma história com muitos personagens coadjuvantes, mas tem alguns e eles têm a sua importância para a história. Infelizmente, Bernardo não me ganhou. Ele é um personagem que pode ser bom sozinho, mas não gostei do romance da Júlia com ele. Acredito que ele pensa que ela precisa dele para conseguir seguir em frente e eu odiava isso; ela era a heroína da história, ela acreditava que valia a pena viver e mesmo que gostasse dele, não precisava dele para seguir em frente. Mesmo que não tenha gostado do romance, eu não o odiei completamente. Não era aquela coisa que eu não conseguia ler, muito pelo contrário, teve muitas cenas que eram bonitas e fofas de se ler entre ele e a Júlia, eu só não consegui enxergar uma química e muito menos um romance de sentir borboletas no estômago. A mãe de Júlia, quando volta a agir como mãe da nossa protagonista me fez amá-la incondicionalmente, mas no final, me fez odiá-la, mesmo entendendo a mensagem que o livro quis passar. Queria muito ler mais sobre a mãe da Laura, a Adriana, foi de cortar o coração ela achando que não era uma boa mãe porque a filha se suicidou, não sei se é porque amo a Laura, mas tenho um carinho tão grande por sua mãe.
"O sono pode enganar a tristeza, mas não acabar com ela. Toda farsa chega ao fim."Em poucas páginas, A Teia dos Sonhos é uma história muito forte. Trazendo um tema muito forte que é o suicídio, principalmente entre adolescentes, a escritora conseguiu desenvolvê-lo com maestria. Karine Aragão foi escrevendo de uma forma tão simples e tão leve que é fantástico chegar nos pontos cruciais da história como a morte de Laura. Você está sofrendo, porque em poucas palavras e sendo elas muito simples a história te arrebata para um turbilhão de sentimentos que é difícil acreditar no que você está lendo.
Algo que já falei e achei realmente surpreendente foi a autora conseguir me fazer sentir tantos sentimentos por Laura, ter tanto amor por uma personagem que na maior parte do livro, já está morta. Isso entra na questão de que todos os personagens são muito bem desenvolvidos, porque as emoções deles são bem reais, por exemplo, no momento em que Júlia esfrega a tatuagem com a escova de dente porque está triste e com raiva de Laura, é impossível não se emocionar com a personagem. Os personagens, principalmente a Júlia, se desenvolve muito. Eles crescem muito durante a história e não só dando o exemplo da Júlia, como o da mãe dela também que começa a seguir em frente e volta a agir como uma mãe que realmente ama a filha.
Um ponto muito crucial e importante da escrita de Karine e que é muito essencial na história é que ela realmente trouxe uma linguagem muito atualizada, muito jovem para a história. Mesmo contando uma história adolescente, muitos escritores tem o preconceito de se aderir a linguagem dos jovens e Karine, pelo contrário, trás um livro muito jovem, fácil de compreender e que passa uma mensagem muito importante.
A Teia dos Sonhos me lembra um pouco o livro Eu Estive Aqui da Gayle Forman ao mesmo tempo em que se distingue muito.Os dois livros tratam sobre o suicídio entre uma jovem, e ambos são narrados pela amiga da garota que se suicidou. A diferença é que a desenvoltura e o desenvolvimento são diferentes. Ambos são bons, mas o melhor é que se um leitor gostou de Eu Estive Aqui, provavelmente vai gostar de A Teia dos Sonhos, mas se não gostou, pode gostar de A Teia dos Sonhos mesmo assim, porque mesmo sendo parecidos, as diferenças entre eles são grandes e fazem muita diferença.
"Em algum momento, imagino que ela não conseguiu mais fechar a caixinha, os problemas não cabiam mais ali dentro, e o que poderia ser um contratempo à toa virou tudo de mais importante em sua vida."A Teia dos Sonhos é um livro que filhos e pais deveriam ler. Filhos, no caso os jovens, porque a mensagem sobre o suicídio é muito importante. Você pode achar que não suporta mais essa dor e que o único jeito é colocando fim a tudo, mas a protagonista, Julia vai te mostrar o contrário. Não importa o quão ruim pareça ser, sempre é melhor viver. Procure ajuda, não tome uma decisão que não afeta só a você.
Pais, leiam esse livro. Seu filho pode parecer estar feliz, mas talvez não esteja. Como educar um filho? Conversar sobre suicídio é um tabu para você? Acredita que falar sobre isso irá fazer com que seu filho se mate? Desconstrua seus próprios tabus, esteja aberto ao novo, procure saber mais sobre seu filho. Procure você ajuda ao seu filho e a você mesmo. Pode não ser sua culpa, mas você pode ser o responsável por tirá-lo dessa dor infinita que precisa ter um fim. Com duas mães vivendo em lados diferentes, uma que viu a filha se suicidar e a outra que tem medo que a filha faça a mesma coisa, A Teia dos Sonhos vai te levando a entender mais sobre essa aparente felicidade dos adolescente que vivem sobre uma pressão enorme que muitas vezes – na maioria – são colocadas pelos próprios pais.
"Laura levava muito a sério nossos sonhos e dizia que nada além disso a faria feliz. Laura não admitiria passar pela vida sendo uma pessoa comum, sem uma grande realização."A Teia dos Sonhos é aquele livro que aparentemente não tem uma grande história, pode até ser boa, mas não tão importante. É aquele livro que desde a primeira página vai te surpreender porque vai te mostrar que é uma grande história e é importante sim. Com uma leveza e uma simplicidade surpreendente esta história trás um tema forte e pouco falado que é o suicídio e vai te mostrando que uma aparente felicidade pode não ser verdadeira. Que atrás de um sorriso pode ter uma tristeza enorme, que uma decisão pode afetar várias pessoas. Que o suicídio não pode ser mais um tabu em nossa sociedade porque ele acontece constantemente e cada vez mais. Karine Aragão trás em A Teia dos Sonhos o sentimentos de se ter uma amizade, de uma família, de um amor e que tudo isso pode ser maior que uma dor aparentemente sem fim. Você é mais do que a sua dor e só você pode vencê-la. Escolha a vida. Escolha viver. Escolha a sua vida.
"Eu vou sentir eternamente a sua falta, e essa é uma dor que eu vou ter de aprender a carregar no meu coração. Não sei se é maior ou menor que dor que você passava, mas a minha decisão é não dar um fim a ela se, pra isso, for preciso dar um fim à minha vida."
Adquira
Histórias que envolvem suicidio sempre me atraem. Acho que o tema rende várias reflexões. Que bom que a autora conseguiu explorar ao máximo e que você se envolveu tanto.
ResponderExcluirBeijos,
alemdacontracapa.blogspot.com
Esse livro parece ser bem intenso. Ultimamente estou gostando bastante de histórias assim e eu estava mesmo procurando um livro para ler que tivesse esse tema. Sua resenha ficou incrível, me deixou com uma mega curiosidade pra ler o livro. Além disso, amo livros que nos fazem refletir sobre assuntos como esse ^^
ResponderExcluirMais uma vez, amei a resenha!
Beijos ♥
Me Cativastes
O livro traz um tema bem delicado para ser tratado, quando o assunto é suicídio a autora/autor tem que pesquisar muito e ter certeza do irá escrever para não ficar uma história falha.
ResponderExcluirBlog aboutbooksandmore.blogspot.com.br
Oii,
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas o assunto abordado é tema bem complicado de se falar.
Gostei da premissa.
Bjs e um bom Domingo!
Diário dos Livros
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